domingo, 17 de dezembro de 2023

LATIN JAZZ - CLIVE ZANDA - Is Here With ’Dat Kinda Ting’ Calypsojazz Innovations - 1975


Artista / Banda:
 Clive Zanda

Álbum: Is Here With ’Dat Kinda Ting’ Calypsojazz Innovations
Ano: 1975
Gênero: Latin Jazz / Kaiso Jazz
País: Trinidade e Tobago

Comentário: O ano está se findando e venho trazer um pequeno presente a vocês, caros leitores. Como todos que me acompanham sabem, sou um amante da música contemporânea caribenha, cujos vários sons podem ser encontrados neste espaço. Dito isto, venho aqui reverter uma "injustiça histórica" com um dos grandes nomes locais, trata-se do músico e compositor Clive Alexander, mais conhecido como Zanda.
Nascido em Siparia, ao sul da ilha de Trinidade (que junto com Tobago forma o país) em 1939, Zanda iniciou sua carreira na música na década de 1960 na Inglaterra, onde estudou arquitetura. De volta ao seu país de origem em 1970, sempre levou projetos musicais paralelamente, incluindo este primeiro álbum de estúdio gravado em 1975 com dois amigos e lançado de forma independente pelo pequeno selo local Gayap com ínfimas 350 cópias (ganhando uma nova versão em CD recentemente). Ele lançou ainda um outro LP no início dos anos 1990 e manteve-se ativo até sua morte, em 2022.
 Is Here With ’Dat Kinda Ting’ Calypsojazz Innovations, seu debut, traz a alcunha do estilo que foi ele próprio um dos precursores, o Calypso Jazz ou Kaiso Jazz. Como o próprio nome diz, trata-se de uma mescla entre o jazz, que o mesmo abraçou nos anos 60, e o calypso, estilo tradicional local que herda ritmos africanos e latinos. Curto, com pouco mais de 30 minutos de duração, e quase totalmente instrumental (com exceção de 'Ogun'), temos aqui 9 faixas incrivelmente sólidas, sem nenhum momento ruim ou pouco inspirado, onde o piano de Zanda destaca-se com belos e profundos solos. Os instrumentos são bem convencionais ao jazz, com uma cozinha competente bateria-baixo e algumas 'escapadas' da percussão, mesmo que menos presente em comparação a outros trabalhos da época, inclusive o tambor de aço não é ouvido aqui.
Destaque para as faixas "Chip Down", "Major to Minor", "Mr. Walker", "Kitty Kang" e "Ogun", esta última com forte lembrança de grandes nomes do jazz brasileiro. Altamente recomendado!

More information about the album and artist here (English)

Clive Zanda Alexander

Músicos:
Mike Georges (baixo)
Michael "Toby" Tobas (bateria, percussão)
Clive Zanda (piano, percussão)
Lancelot Layne (vocal em "Ogun")

Faixas:
01 Chip Down 03:50
02 Fever 04:00
03 Major To Minor 05:54
04 Fancy Sailor 04:45
05 Dat-Kinda-Ting 03:38
06 Mr. Walker 03:57
07 Carribean Lullaby 03:20
08 Kitty Kang 03:38
09 Ogun 03:35

domingo, 18 de junho de 2023

PROGRESSIVE ROCK - NEMESIS - Nemesis - 2002 (1976-78)


Artista: Nemesis
Álbum: Nemesis
Ano: 2002 (1976-78)
Gênero: Rock Progressivo / Hard / Psicodélico
País: Grécia

Comentário: Como diz o ditado: quem é vivo sempre aparece. E aqui estou a escrever algumas linhas sobre nosso bom e velho rock'n'roll, primeira resenha neste ano em que o blog completou seu décimo aniversário! Trata-se da banda grega Nemesis, originária da capital Atenas e que manteve-se em atividade na segunda metade da década de 1970, sem lançar nenhum material nestes anos. Apenas em 2002, mais de 30 anos após sua dissolução, o selo Ikaros Sound (mesmo responsável pelo relançamento de alguns álbuns gregos já postados aqui anos atrás - como da Vavoura Band e 4 Levels of Existence) finalmente trouxe à luz as músicas que foram gravadas entre 1976 e 78 em um LP de tiragem curta, com cerca de 500 exemplares vendidos localmente e que hoje são de alta raridade. O músico Vasilis Kapanikis anos mais tarde se juntou ao grupo Purple Overdose.
 O álbum homônimo é dividido em 9 canções, majoritariamente curtas, onde a influência do rock progressivo é a mais clara e acentuada, variando em algumas nuances mais pesadas (puxadas pelo hard responsa da faixa abertura "Dreamer"), psicodélicas e jazzísticas (nos bons jams instrumentais "Lost Horizon", "Nemesis" e "Opus 22") e algumas baladas mais comerciais. Os melhores momentos ficam na conta do instrumental, que é consistente, alternando bons solos de guitarra e sintetizadores, havendo espaço para mais participação de sopros, que infelizmente são raros. As letras são todas em inglês, com sotaque marcante.
Belo e raro registro, vale a audição para fãs de rock progressivo e jam rock.

Nemesis was a greek band from the capital Athens and which remained active in the second half of the 1970s, without releasing any material in these years. Only in 2002, more than 30 years after its dissolution, the label Ikaros Sound finally brought to light the songs that were recorded between 1976 and 78 on a LP with only 500 copies and remais very rare today. The musician Vasilis Kapanikis years later joined the group Purple Overdose.
  The self-titled album is divided into 9 songs, mostly short, with strong progressive rock influence, sometimes heavier, like in the opening track "Dreamer", and mostly dreamy and jazzy psychedelic (in the good instrumental jams "Lost Horizon", "Nemesis" and "Opus 22"). Highlights to the instrumental, which is consistent, alternating good guitar and synthesizers solos, I miss a little more use of flutes. The lyrics are all in English, with a strong accent. Beautiful and rare record, worth hearing for fans of progressive and jam rock.


Músicos:
Vasilis Kapanikis (guitarra, flauta)
Chris Vogiatzis (baixo, vocal)
Panagiotis Dimitrakopoulos (teclados, piano, violino)
Thanassis Kipenis (bateria)
Alexandros Tripidakis (órgão, sintetizador)

Faixas:
01 Dreamer (4:49)
02 Moonlight Dancing (4:57)
03 Stress (3:29)
04 Inglorious End (3:54)
05 Lost Horizon (4:42) 
06 Nemesis (4:26) 
07 Evil (6:20)
08 Opus 22 (7:07)
09 Sea Of Love (2:18)


domingo, 12 de junho de 2022

ZAM ROCK - COSMOS ZANI - Humanism - 1976

Artista: / Banda: Cosmos Zani
Álbum: Humanism
Ano: 1976
Gênero: Zam Rock / Soul Rock
País: Zâmbia

ComentárioCosmos Zani foi um músico originário de Lusaka, capital da Zâmbia, conhecido como um dos tecladistas mais habilidosos da cena ZamRock, chegando a integrar a WITCH, banda de grande destaque local, além de cooperar em outros álbuns e lançar seu único LP em 1976 de forma independente. Apesar disso foi uma figura que desapareceu do mapa e seu paradeiro atual (ou data de morte) é desconhecido, também não é preciso citar o quão raro este seu disco se tornou, praticamente impossível de encontrar uma cópia e até hoje aguardando uma remasterização e relançamento.
O álbum Humanism contou com produção e participação de Keith Mlevhu, uma das figuras mais importantes da cena local, em todos os instrumentos. São oito curtas faixas no total, com as 7 primeiras trazendo uma influência clara do rock clássico britânico e norte americano ao estilo "soft", com várias baladas, onde ouvimos alguns bons solos de guitarra distorcida e teclado intercalados e letras em inglês. A pegada tradicional do Zam Rock, que combina psicodelia pesada, fica apenas na última e matadora canção instrumental "Poverty", uma das mais poderosas do país. A qualidade da gravação, como esperado, também não é das melhores. 
Apesar de não esta a altura dos grandes álbuns do Zam Rock, sua raridade e valor histórico tornam-no muito recomendado para admiradores do estilo.

This is the first and only album of Zamrock legend Cosmos Zani. A lofi gritty masterpiece that showcases Zani’s talent as a songwriter and cements his “powerhouse” position as given to him by Keith Mlevhu who features heavily on this album acting as a one man band, Playing every instrument and producing this album.
In my opinion this only further showcases Keith’s unworldly artistic and creative ability behind the scenes and upfront on the record giving a raw power to Cosmos work from start to finish with the album closing on what can only be described as the most incredible instrumental track “Poverty” clearly showing Cosmos and Keith’s ideas and craftsmanship in full affect, a scorcher unlike the rest of the album
Text: Bevan Haines


Músicos:
Cosmos Zani (teclado, vocal)
Keith Mlevhu (bateria, guitarra, baixo, vocal)

Faixas:
01 Humanism 
02 Tell Me About It 
03 I Need Her
04 Try It My Way 
05 High Way 
06 Zambia's Dream 
07 Togetherness 
08 Poverty

domingo, 5 de junho de 2022

PSYCH FOLK ROCK - JA'AFAR HASSAN - Let's Sing Together - 1978

Artista / Banda: Ja'afar Hassan
Álbum: Let's Sing Together
Ano: 1978
Gênero: Folk Rock / Psychedelic Pop
País: Iraque

Comentário: Ja'afar Hassan (جعفر حسن) foi um músico e cantor iraquiano, nascido em 1944 na cidade de Khanaqin, região nordeste, e pertencente a etnia curda do país. Iniciou sua carreira nos anos 60 após estudar no conservatório de Bagdá e foi um dos artistas mais ligados à causa política local, principalmente o partido comunista, o que o levou ao exílio no final dos anos 70, após o estabelecimento do governo Saddam Hussein. Teve discografia relativamente extensa (não tenho informação do número exato), morando na Europa e no Iêmen, voltando ao seu país de origem em 2004, onde morou e seguiu carreira até sua morte, em 2021, por conta do covid-19.
Let's Sing Together é provavelmente seu primeiro LP, lançado de forma independente na Alemanha Oriental, onde foi gravado com músicos não revelados. O álbum é dividido em 12 curtas faixas que tem sua principal marca nas letras de cunho político, sendo todas cantadas em língua local (não sei se curdo ou árabe) e apesar de ser uma mescla de folk, rock de garagem e pop psicodélico ao estilo final dos anos 60, é um trabalho 'ousado' perante outros da região por propor uso apenas de instrumentos elétricos, sem presença de oud, cítara ou outros tradicionais. Destaque para algumas boas passagens combinadas de órgão e guitarra e às faixas "Once A Day", "They Taught Me" e "Front My Hope".
Vale a audição para admiradores de rock fora do eixo, com certeza um pedaço interessante da história musical e social iraquiana.

Ja'afar Hassan (جعفر حسن) was an Iraqi musician and singer, born in 1944 in the city of Khanaqin, northeast region, and belonging to the Kurdish ethnicity of the country. He began his career in the 1960s after studying at the Baghdad Conservatory and was one of the first local artists identified  with political cause, especially the communist party, which led him into exile in the late 1970s, after the establishment of Saddam Hussein's government. He had a relatively extensive discography (I have no information on the exact number), living in Europe and Yemen, returning to his country in 2004, where he lived and pursued a career until his death in 2021, due to covid-19.
"Let's Sing Together" is probably his first LP, released privately in East Germany, where it was recorded with unknown musicians. The album is divided into 12 short tracks that have strong political lyrics, all sung in the local language (I don't know if Kurdish or Arabic) and despite being a mix of folk, garage rock and psychedelic pop in the late 60's style, it is a still a unique work compared to others in the region for proposing the use only of electric instruments, without the presence of oud, zither or other traditional ones. Highlight for some good combined passages of electric organ and guitar and for the tracks "Once A Day", "They Taught Me" and "Front My Hope". Certainly an interesting piece of Iraqi musical and social history.



Músicos:
Ja'afar Hassan (vocal, violão)
?

Faixas:
01 Believe Me
02 Palestinian
03 Once A Day
04 Our Beloved People
05 Where From?
06 Oh, What A Joy
07 Congratulation
08 Still I Have ...
09 They Taught Me
10 Our Red Flowers
11 The Road
12 Front My Hope

sexta-feira, 1 de abril de 2022

BLUES ROCK - DELTA SLIM - City Blues - 1973

Artista: / Banda: Delta Slim
Álbum: City Blues
Ano: 1973
Gênero: Blues Rock
País: Inglaterra (?)

Comentário: Tirando a poeira aqui do blog com uma pérola que há vários anos está na minha lista de desejos após escutar uma única e excelente canção deste misterioso álbum. Pouco se sabe sobre a história deste artista e apenas recentemente o disco completo foi disponibilizado pela internet. Não é sabido se Delta Slim foi realmente um músico ou apenas pseudônimo e até mesmo qual sua nacionalidade. O único nome vinculado na contracapa é de 'Sep Shank', que na verdade é o britânico John O'Brien-Docker, músico e compositor que fez carreira na cena krautrock alemã dos anos 70.
O disco Delta Blues, lançado exclusivamente na Alemanha pelo selo Auditon em número mínimo de cópias e até hoje nunca relançado, nos brinda com 10 faixas do mais puro blues rock ao estilo de grandes bandas da época e algumas mais puxadas para o blues convencional e arrastado. O vozeirão predomina com um inglês sem sotaques, fazendo desconfiar que se trata de algum artista alemão, e no instrumental o protagonismo é dividido entre guitarra afiada, piano e gaita de boca. Difícil apontar algum destaque entre as canções, pois é um trabalho bem sólido e que desce bem ao longo dos seus quase 40 minutos, mas deixo "Bad News", "I Think Someone Was Lyin'", "Lucy" e a versão do clássico "House Of The Risin' Sun".
Com certeza uma boa pedida para os fãs de blues elétrico, tanto pela qualidade quanto raridade do registro.

This album has been on my wish list for several years and only recently it was made available on the internet. Little is known about this artist if Delta Slim was actually a musician or just a pseudonym and even what his nationality was. The only name linked on the back cover is 'Sep Shank', who is actually British musician and songwriter John O'Brien-Docker, who made a career in the German krautrock scene of the 1970s.
The album Delta Blues, released exclusively in Germany by the label Auditon bring 10 tracks of the blues rock in the style of great bands of the time and some more pulled towards the conventional and blues. In the instrumental the protagonism is divided between good solos of guitar, piano and harmonica. It is difficult to point out any highlight among the songs, as it is a very solid work with few bad moments, but "Bad News", "I Think Someone Was Lyin'" and the version of the classic "House Of The Risin' Sun" are my favorites. Definitely a good choice for electric blues fans, both for the quality and rarity of the record.

Músicos:
Delta Slim (vocal)
Ten Pound Hammer (banda de apoio)

Faixas:
01 Bye Bye 3:04
02 Bad News 3:54
03 Frankie And Johnny 3:35
04 I Think Someone Was Lyin' 5:16
05 Trouble 2:38
06 Things About Comin' My Way 3:14
07 Black-Hearted Woman 3:15
08 House Of The Risin' Sun 4:54
09 Lucy 2:55
10 Messin' 4:24

quarta-feira, 7 de julho de 2021

PSYCHEDELIC ROCK - PULSARIY (ПУЛЬСАРЫ) - Same - 1971


Artista / Banda: Pulsariy (пульсары)
Álbum: Pulsariy (пульсары)
Ano: 1971
Gênero: Psychedelic Rock
País: Rússia

Comentário: Pérola vinda da antiga União Soviética, mais precisamente da pequena cidade de Dubna, próxima de Moscou. O grupo Pulsariy surgiu em 1970 pelas mãos do organista e matemático Boris Guétmanov, que já liderava outra pequena banda local nos anos 60. Eles tiveram curto período de atividade, encerrando em 1972, resumido a poucos ensaios e nenhum concerto ou lançamento oficial por conta de proibições governamentais. 
As gravações que trago neste post foram feitas de forma amadora em ensaios do sexteto, que milagrosamente sobreviveram e foram redescobertas e remasterizadas graças à internet. São 6 faixas de autoria própria, apesar das letras saírem de poemas de Sergei Yesenin, totalmente dominadas pelo órgão de Boris, com alguns bons momentos também das guitarras, sendo as canções cantadas mais voltadas a psicodelia dos anos 60 com pegada de rock de garagem. As duas instrumentais, "Инструментальная композиция" e "Джазовая композиция", trazem uma atmosfera experimental e densa na primeira e jazzística na última. A qualidade de gravação claramente não é das melhores, mas não compromete totalmente a audição.

Primo keyboard-driven garage rock, five years behind the "free world" but cutting edge for the Soviet Union. Пульсары (Pulsary) privately recorded an ep's worth of songs for themselves in Fall '71 and somehow, the tapes survived. Throughout, the band displays a haunting, mournful vibe, as if they are acutely aware of their perpetual isolation, doomed to exist in a society that doesn't care. Listening to this makes me wonder how much of the best music of the USSR was never released.


Músicos:
Boris Guétmanov (órgão)
Pavel Tabunov (guitarra)
Alexander Lyulin (guitarra)
Vladislav Przhegorlinsky (baixo)
Vyacheslav Kirov (bateria)
Vitaly Rybakov (vocal, guitarra ritmica)

Faixas:
01 Тёмна ноченька 5:02
02 Дорога 3:50
03 Осень 3:29
04 Инструментальная композиция 5:46
05 Берёзка 4:12
06 Джазовая композиция 4:11

quarta-feira, 30 de junho de 2021

PROG FOLK - DAGENS RÄTT - Sommarregn - 1972


Artista / Banda: Dagens Rätt
Álbum: Sommarregn
Ano: 1972
Gênero: Prog / Folk / Soft Rock
 País: Suécia

Comentário: Este é um disco que está 'na fila' de postagens há uns bons anos, por não ter nenhuma forma de acha-lo pela internet, sendo agora uma exclusividade do Pérolas do Rock. As informações sobre o grupo Dagens Rätt são praticamente inexistentes, apenas as existentes na contracapa, tendo lançado um único LP pelo pequeno selo local Imas com apenas 200 cópias e nunca relançado, se tornando item cobiçado entre colecionadores.
   O álbum conta com 13 curtas faixas, sendo metade cantada em sueco e metade em inglês. A mescla de estilos aqui presente é típica dos países nórdicos na época, enraizado no folk rock acústico com doses de jazz e prog em alguns momentos, com boas passagens de saxofone, clarinete e flauta, presentes nas músicas em língua local até baladas soft pop, que infelizmente predomina nas canções em inglês e as torna dispensáveis (com exceção de 'Peter With The Purple'). Alguns interessantes solos de guitarra e piano também são ouvidos. 
Mesmo não sendo regular ou memorável, este é um trabalho que tem seu valor musical e, principalmente, pela sua raridade.

This is an album that has been in my list for some years now, as there is no way to find it on the internet, but now it's first posted with download here. Information about the Dagens Rätt group is practically non-existent, only the ones on the back cover. They released one only LP by a small local label Imas with only 200 copies and never re-released, becoming a coveted item among collectors.
   The album features 13 short tracks, half sung in Swedish and half in English. The mix of styles here is typical of the Nordic countries at the time, rooted in acoustic folk rock with some doses of jazz and prog at times, with good passages of saxophone, clarinet and flute, present in local language songs to poor soft pop ballads , which unfortunately predominates in English songs (with the exception of 'Peter With The Purple'). Some interesting guitar and piano solos are also heard.
Even though it is not regular or memorable, this is a work that has its musical value and, mainly, for its rarity.

Dagens Rätt - Sommarregn - 1972 (MP3 320 kbps):
https://disk.yandex.com/d/_iBdjYti0ysLRA

Músicos:
Bo Pettersson (clarinete, flauta, saxofone, harmônica, vocal)
Hans Olsen (piano, violão, vocal)
Lars Pettersson (guitarra)
Nils Ellström (bateria)
Per Engström (piano, violão, vocal)
Peter Gustavsson (baixo)

Faixas:
01 Sommarregn
02 Oh Pap Oh Dah
03 Minnet Av Dej
04 Utopia
05 Lost Down And Weary
06 Jag Ville Jag Vore
07 Sång Om Ett Avsked
08 Sommarlov
09 Walk Right In
10 Dreamlady
11 Lapp-Nils
12 Jag Vill Kunna Sjunga
13 Peter With The Purple


sexta-feira, 25 de junho de 2021

ZAM ROCK - THE OSCILLATIONS - I Can See It Coming - 1978


Artista / Banda: The Oscillations
Álbum: I Can See It Coming
Ano: 1978
Gênero: Zam Rock / Psychedelic Rock
País: Zâmbia

ComentárioApós um bom tempo afastado da 'blogosfera' musical, venho agradecer imensamente as dezenas de comentários nesses últimos meses e a marca expressiva de 2 milhões de visualizações no blog, por conta disso deixo aqui aos leitores uma pérola de mais alta raridade. The Oscillations foi uma banda formada em meados dos anos 70 em Kitwe, norte da Zâmbia e uma das poucas de fora da capital, ganhando notoriedade local e lançando seu único LP pelo selo Teal, hoje quase impossível de conseguir, sendo remasterizado e relançado em 2020 pela Strawberry Rain.
Todos que acompanham o blog sabem o quanto eu sou fã da cena ZamRock, para mim uma das mais ricas em todo hemisfério sul, e este é um álbum que passou despercebido nestes últimos anos, mas veio como grande surpresa positiva dado seu ano de gravação (1978), quando as bandas já estavam em declínio. Mas em I Can See It Coming temos talvez um dos melhores trabalhos de todo ZamRock, um disco que mostra toda seu poder em "Request to God", faixa instrumental de abertura que traz uma porrada heavy psych com guitarra fuzzy e percussão endiabrada. São 8 faixas totalizando 40 minutos, sendo nenhuma ruim, com trabalho matador de Victor Kasama na guitarra, que por curiosidade era portador de paralisia infantil. Destaque ainda para "Boogaloo With a Feeling", "Death Has Come Today" e "I See It Come".
Altamente recomendado para todo e qualquer fã ou interessado em ZamRock e psicodelia africana!

After a long time away from the blog, I'm immensely grateful for the dozens of comments in recent months and the expressive mark of 2 million views, because of that I leave here to readers a real African gem. The Oscillations were a band formed in the mid 70s in Kitwe, northern Zambia and one of the few outside the capital, gaining local notoriety and releasing their only LP on the Teal label, now almost impossible to find, being remastered and re-released in 2020 by Strawberry Rain.
This is an album that has gone unnoticed in recent years, but it came as a great surprise given its year of recording (1978), when the local bands were already in decline. "I Can See It Coming" is one of the best records in all ZamRock history, an album that shows all its power in "Request to God", opening instrumental track that brings a heavy psych with fuzzy guitar and great percussion. There are 8 tracks totaling 40 minutes, none of which are bad, with killer work by Victor Kasama on guitar, who, out of curiosity, had infantile paralysis. Highlights for "Boogaloo With a Feeling", "Death Has Come Today" and "I See It Come".
Highly recommended for any fan or anyone interested in ZamRock and African psychedelia!

The Oscillations - I Can See It Coming - 1978 (160 kbps):
https://disk.yandex.com/d/jRMBIE3ys6aZyw

Victor Kunda Kasama


Músicos:
Sylvester Mwape Ngwira (baixo, backing vocal)
Christopher Juggie Tembo (bateria, percussão, backing vocal)
Victor Kunda Kasama (guitarra, vocal)
Emmanuela Masele (guitarra, backing vocal)

Faixas:
01 Reguest to God 
02 Kapande 
03 Going Under 
04 Boogaloo With a Feeling 
05 Tininsile Mwana 
06 Death Has Come Today 
07 I Am a Lover 
08 I See it Come

quinta-feira, 9 de abril de 2020

FOLK ROCK - MAYTREA & SILVELENA - Novo Eden / Amar - 1976


Comentário: Em meus recentes mergulhos pelas obscuridades do mundo da música, ainda me surpreendo com os registros brasileiros que encontro sendo redescobertos graças a era digital e um dos mais recentes deles foi este compacto lançado por uma das figuras mais importantes da história do rock paulista: Zé Brasil, líder e fundador da banda de prog Apokalypsis, que possui 2 CDs lançados nos anos 2000 com registros de 1974 e 75. Zé continua na ativa com diversos projetos e um recente CD solo, de 2017 (todos altamente recomendados para os leitores que ainda não conhecem).
Este registro em especial possui um ar de obscuridade digno de reativar este blog, mesmo que não em definitivo, após longo hiato. Foi um projeto paralelo ao Apokalypsis e em parceria com sua companheira, Silvia Helena, que o acompanha musicalmente desde então, aqui usam o pseudônimo "Maytrea & Silvelena" e lançaram este único single pelo selo independente Atmosfera com presença de músicos da cena local da época, com destaque para Egídio Conde que integrou Moto Perpétuo.
São duas músicas bem resumidas pelos trechos de Amar: "Vamos juntos construir um mundo novo / Pleno de esperança, amor, justiça e paz". Levada típica do rock nacional setentista, mesclando calmaria e equilíbrio na lírica hippie e viajante e belas harmonias vocais com rock rural (ou folk), além de doses de lisergia e música progressiva através do bom trabalho nos teclados e piano de Paulinho Machado (que participou do debut de Zé Ramalho). 
Gostaria de agradecer a todos pelos comentários neste período sem atualizações! Infelizmente esta não é uma volta oficial do blog, mas apenas uma mera recomendação musical para esta quarentena (também não disponibilizarei o link para download, mas a audição pode ser feita abaixo). Nos vemos por aí...

Silvia Helena e Zé Brasil

Músicos:

Gerson Frutuoso (baixo)
Egídio Conde (guitarra)
Paulinho Machado (teclados, piano)
Silvelena [Silvia Helena] (vocal)
Maytrea [Zé Brasil] (vocal, violão, bateria)

Faixas:
01 Novo Eden
02 Amar

terça-feira, 2 de julho de 2019

FIM / THE END


Após 6 anos e meio nesta jornada no mundo blogger, anuncio o fim (temporário ou definitivo) das atividades do 'Pérolas do Rock'n'Roll'. Os leitores perceberam a diminuição na frequência de postagens neste último ano, decorrente de falta de tempo e ânimo para seguir postando. Infelizmente este momento chega para (quase) todos.
Agradeço novamente a todos os leitores e irmãos blogueiros que acompanharam o espaço por todo esse tempo, incentivando, dando sugestões e colaborando para o crescimento deste espaço. As postagens continuarão no ar e os links para download aos poucos serão disponibilizados nas próprias, como acontecia até 2015.
Mantenho-me aberto para conversas sobre música, seja pelo e-mail ou outras redes sociais. Até breve!

Atenciosamente,
André "Dedé"

----------------------------------

After 6 years and a half in this journey in the blogger world, I announce the end (temporary or definitive) of the activities of the blog 'Pérolas do Rock'n'Roll'. The readers noticed the decrease in the frequency of posts since last year, due to the lack of time and spirit to continue posting. Unfortunately this moment arrives for (almost) all.

Thanks again to all the readers who have accompanied the space for all this time, encouraging, giving suggestions and collaborating for the growth of this space. The albums will continue on the air and download links will gradually be available on the posts, as it was until 2015.

I keep myself open for conversations about music, whether by email or other social networks. See you later!

Regards,
André "Dedé"